19 fevereiro 2010

Quadrado mágico

RAUL A VIU. UIVA, LUAR.
Esse é um palíndromo bem simples. Banal até. Por que esse destaque todo? Bem, é que reagrupado graficamente, ele assume a forma de um quadrado mágico. Colocando cada letra numa grade de 4x4, não importa a ordem da leitura - de cima pra baixo, ou de trás pra frente - a frase é a mesma. Um palíndromo multiaxial, digamos assim.


Esse é o primeiro quadrado mágico que consegui bolar. No universo dos palíndromos, é comum que um ou mais entusiastas cheguem às mesmas conclusões, independentes uns dos outros. Afinal, o alfabeto é finito. Fiquei orgulhoso porque eu mesmo fiz minha trilha no mato, chegando a um objetivo que um eventual colega também possa ter chegado, mas dispondo de uma autoestrada.

Me refiro a computadores. Deve haver programas que embaralhem as palavras até criar um padrão, mas assim como a criação de sodokus e nos bons jogos de xadrez, os melhores são feitos à mão, lapidados um a um. Mais ou menos como a qualidade de sua arqueologia: escavações com uma pá e um pincel ou com uma Caterpillar de 20t?

Mas é um feito pífio, ainda. O Santo Graal é conseguir bolar um quadrado mágico com cinco ou mais casas de lado, e que obviamente, faça sentido. O mais famoso deles é também o mais antigo. Em latim, portanto:

SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS.

Estou tentando criar meu próprio quadrado mágico de cinco lados. Quando conseguir, colocarei aqui com muita pompa e soberba. Aguardai, portanto.

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